Fonte: http://pcpienelzapa.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html
Economia
Em 2007, a maior economia nacional na Ásia, em termos de produto interno
bruto (PIB), era a da China, seguida da Índia e do Japão. Desde o final dos
anos 1990 e início do século XXI, as economias chinesa e indiana têm crescido
rapidamente, a taxas médias anuais de mais de 8%.
Entretanto, pelo critério do PIB nominal (calculado pela taxa de
câmbio), o Japão ainda é a maior economia asiática e a segunda maior do mundo.
O crescimento econômico da Ásia desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 1990
concentrou-se em alguns poucos países da costa do Pacífico; recentemente,
espalhou-se para outras regiões. Os principais blocos comerciais do continente
são: Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), Associação de Países do
Sudeste Asiático(ASEAN), Comunidade de Estados Independentes (CEI) e Associação
Sul-asiática para Cooperação Regional (SAARC).
Mineração
A Ásia conta com enormes reservas minerais, circunstância que tem
facilitado seu recente desenvolvimento industrial. Entre os países produtores
de minerais, merece destaque a China, rica principalmente em petróleo, carvão,
ferro, chumbo, zinco e mercúrio, além de grandes jazidas de outros minerais.
Também a Índia é privilegiada por suas reservas de ferro, carvão, mica e
manganês, além de sua grande produção de petróleo. Os países do sudeste
asiático também são muito ricos em minérios, principalmente em estanho, níquel,
zinco, ferro e petróleo, de que a Indonésia é grande exportadora.
O grande destaque fica, no entanto, com os países do Oriente Médio, que
produzem mais de 30% do total do petróleo explorado em todo o mundo.
Agropecuária
A atividade econômica mais difundida em todo o continente é a
agricultura, ressaltando-se o cultivo do arroz em toda a vasta região atingida
pelas monções. Mais ao norte, o trigo é intensamente cultivado; em áreas menos
férteis, o solo é ainda aproveitado para a produção de cevada, milho e outros
cereais. Em todas essas culturas, a China sobressai, apresentando-se como um
dos quatro maiores produtores mundiais.
Além dos cereais, merecem destaque os cultivos de fumo, chá, juta,
algodão, pimenta e borracha. Na China e Japão cultiva-se também a amoreira,
cujas folhas servem de alimento ao bicho-da-seda. Dos casulos desse animal são
extraídos fios com que se fazem tecidos muito apreciados em todo o mundo.
A pecuária é outra atividade muito comum no continente. A China é grande
produtora de animais de pequeno porte, sendo o primeiro produtor mundial de
suínos, o terceiro de ovinos e o quinto de bovinos. A Índia, por sua vez,
possui o maior rebanho bovino do mundo, o qual, no entanto, não é aproveitado
para a alimentação da população, a maioria seguidora do hinduísmo, religião que
considera sagrados esses animais
Industria
Tóquio, a capital do Japão, é um dos grandes centros industriais da
Ásia.
O Japão foi, durante muito tempo, o mais industrializado dos países
asiáticos. Graças à maciça ajuda norte-americana após a Segunda Guerra Mundial
e à adoção de uma série de medidas internas, seu desenvolvimento industrial
fez-se em bases firmes, transformando o país, em pouco tempo, numa potência
industrial.
Possuindo um parque industrial amplo e diversificado, o Japão se
evidencia na produção de navios, automóveis e produtos elétricos e eletrônicos.
A região oriental da Rússia, embora economicamente menos importante que
a parte européia do país, abriga diversos centros de indústrias de base,
localizados próximo de áreas exploratórias de minério, como ferro e carvão.
Outro país que apresenta uma industrialização evoluída, apesar de ser
subdesenvolvido, é a Índia, que utiliza sua produção agrícola e as riquezas
minerais para prover suas indústrias têxteis, alimentícias, siderúrgicas e
metalúrgicas. Esse país salienta-se ainda por ser um dos poucos do Terceiro
Mundo a utilizar tecnologia avançada nas áreas de energia e de comunicações.
Na China, cuja industrialização foi implantada efetivamente após a
revolução socialista de 1949, o parque industrial tem-se dedicado quase
inteiramente à produção de itens essenciais ao mercado interno. Somente a partir
de meados da década de 1970 a economia chinesa começou a voltar-se, ainda que
lentamente para o exterior. Na década seguinte, a abertura econômica foi maior,
mas, devido a problemas políticos internos, voltou a retrair-se em 1989,
tornando-se, atualmente, a maior potência industrial do mundo e a maior da
Ásia.
Destacam-se ainda os chamados "tigres asiáticos" - Coréia do
Sul, República da China, Singapura e Hong Kong -, cujas taxas de crescimento
econômico e industrial estão entre as mais elevadas do mundo. Sua produção
visa, em geral, o mercado externo, o que lhes permite obter grandes saldos em
suas balanças comerciais.
As outras regiões asiáticas (Oriente Médio, sudeste asiático, Mongólia,
países do Oceano Índico) apresentam uma industrialização incipiente e pouco
significativa.
Socioeconômico
Na Ásia existem países desenvolvidos, como Japão, Coreia do Sul, Israel,
Singapura ou Taiwan, que revelam níveis de prosperidade econômica e social
comparáveis aos da Europa ou da América Anglo-Saxônica. Essas áreas,
entretanto, pouco representam, se comparadas com muitos dos demais países,
geralmente bastante pobres e violentamente atingidos pelo subdesenvolvimento.
Mesmo aqueles exportadores de petróleo, que tiveram lucros fabulosos a partir
do início da década de 1970, não escapam a essa característica.
Há inúmeros fatores que contribuem para que a Ásia exiba grande atraso e
miséria. Entre eles, podem ser citados:
• a colonização e
exploração desenvolvidas por países europeus, como Reino Unido, França, Países
Baixos, Portugal, Espanha e outros, que extraíram impiedosamente as riquezas
asiáticas apenas em benefício próprio;
• certos valores culturais
específicos de alguns países, que de alguma forma inibem a superação de
problemas econômicos e sociais. O mais conhecido e de maior extensão é o rígido
sistema indiano de castas, pelo qual a sociedade é dividida em camadas, das
mais nobres às mais plebeias, não existindo possibilidade de passagem de uma
para outra. Embora tenha sido abolido legalmente, esse sistema influencia
fortemente a vida dos indianos desde o seu nascimento. Também o fator
religioso, através do fatalismo, cria obstáculos a um atendimento social mais
amplo, pois estimula a aceitação passiva das más condições de vida, até como
uma maneira de aperfeiçoamento espiritual;
• as elevadas taxas de
crescimento populacional. Na Índia e na República Popular da China, o Estado
implantou campanhas de planejamento familiar, que pregam a redução do número de
filhos por casa e a disseminação de métodos anticoncepcionais;
• o analfabetismo muito
alto em vários países, o que dificulta as populações de adquirirem conhecimento
e informação;
• como em todo o Terceiro
Mundo, a existência de companhias estrangeiras que exploram as riquezas
naturais de muitos países asiáticos - valendo-se do baixo custo da mão-de-obra
-, enviando a maior parte de seus lucros às suas sedes.
Além destes fatores histórico-culturais, também os de ordem natural
dificultam o desenvolvimento econômico. O clima e relevo hostis são obstáculos
ao aproveitamento agrícola de vastas extensões localizadas em áreas
montanhosas, geladas ou desérticas, limitando as áreas cultiváveis do
continente.
Economia do oriente médio
O Oriente Médio está sobre uma dobra tectônica que se inicia na
Mesopotâmia e se prolonga até o golfo Pérsico. Nela, encontra-se uma magnífica
reserva de petróleo, que representa 60% das reservas mundiais desse minério. Os
principais países exportadores de petróleo são: Arábia Saudita, Iraque, Irã,
Kuwait, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Essa grande quantidade de
petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições para a
formação, na década de 1960, da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo(OPEP). As elevadas rendas per capita do Kuwait e da Arábia Saudita
revelam que esses países obtêm muito lucro com a venda de petróleo, entretanto,
a população dos países petrolíferos é, em geral, pobre, fato que decorre da má
distribuição de rendas
Embora o predomínio de climas áridos e semiáridos no Oriente Médio
prejudique o desenvolvimento da agropecuária, ela é outra atividade econômica
importante na região. Ela é realizada predominantemente de forma tradicional,
com uso de pouca tecnologia e mecanização, e incorpora até 40% da população
economicamente ativa. A atividade econômica tradicional do Oriente Médio é o
pastoreio nômade. Destacam-se as criações de carneiros, cabras e camelos em
áreas desérticas. Na Planície Mesopotâmica, também conhecida como
"crescente fértil", cultivam-se frutas, arroz, trigo e
cana-de-açúcar, utilizando-se a técnica de irrigação. Na região mediterrânea,
destacam-se culturas comerciais como oliveira, fumo, trigo e tâmara.
O turismo é também um segmento econômico importante para alguns países
do Oriente Médio, como Israel e Turquia - que juntos recebem cerca de 2,5
milhões de turistas por ano. Já o setor industrial no Oriente Médio apresenta
pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há refinarias e petroquímicas.
Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e
o alimentício. Israel é um caso à parte e tem um parque industrial desenvolvido
e uma economia independente da exportação de petróleo.
Economia do sul da Ásia
Com exceção da índia, que possui uma atividade industrial expressiva, a
economia dos países do Sul da Ásia em geral é baseada na agricultura. Os
principais são: chá, algodão, trigo, juta, arroz, tabaco, milho e cana-de-açúcar.
Existem áreas com enormes monoculturas voltadas para exportação, são as
plantations – o chá, tabaco e algodão são produtos típicos para o mercado
externo. Os melhores produtos são exportados e os piores destinados para a
produção que fica no mercado interno. Países populosos, assim, apresentam
problemas de insuficiência alimentar em larga escala.
Economia da Ásia central
Com o declínio do socialismo e o fim da União
Soviética, abriu-se caminho para que os países da Ásia Central promovessem a
proclamação da independência, isso a partir de 1991. Então, os países da Ásia
Central (Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão)
ingressaram na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), associação criada
por ex-repúblicas da URSS.
O surto de independência na Ásia Central promoveu diversas mudanças na
configuração política e econômica da região. Algumas mudanças ocorreram quase
que simultaneamente, como a implantação de processos eleitorais e a abertura da
economia, por exemplo, abrindo espaço assim para a entrada do capitalismo e
capital estrangeiro.
A configuração da economia da Ásia Central está largamente ligada ao
setor primário, principalmente no segmento da agricultura, pecuária e do
extrativismo mineral.
Na produção agrícola, destaca-se o cultivo de
algodão e frutas. Para o desenvolvimento da agricultura é preciso empregar
técnicas de irrigação de maneira intensiva para garantir a produtividade e o
abastecimento interno de alimentos. Na produção pastoril, a região tem como
principais criações: ovinos e caprinos. A atividade agrícola exerce uma enorme
relevância para a composição econômica da Ásia Central.
Quanto ao extrativismo mineral, o subcontinente abriga
em seu subsolo jazidas de diversos tipos de minérios. Dentre muitos, os
principais são: carvão mineral e minério de ferro em países como o Cazaquistão e
o Quirguistão, e petróleo e gás no Uzbequistão, Turcomenistão e Cazaquistão.
Existem ainda indústrias de beneficiamento, como
siderúrgicas, petroquímicas, alimentícias e têxteis.
Economia da Ásia setentrional
A economia russa é uma das maiores do mundo com uma evolução muito
significante do seu PIB. O seu vasto território permite uma grande diversidade
e a alta profissionalização populacional ajuda na produção de químicos,
máquinas de precisão, etc. A agricultura produz frutas, cevada, leite, açúcar e
legumes. A indústria, resultado do tempo soviético, apresenta uma grande
diversidade entre campos minérios, poços de petróleo, condutas de gás,
materiais para a indústria militar, equipamentos para as comunicações
terrestre, aéreas e marítimas. A Rússia exporta essencialmente petróleo, gás
natural através de oleodutos e madeira, além de outros produtos mais radio
ativos. Estes produtos constituem 80% das exportações.
Gráficos
Abaixo apresentamos as estatísticas mais recentes do crescimento econômico e vegetativo da Ásia.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982007000200002
Fonte: http://visaopanoramica.net/2011/06/25/esquerda-x-direita-parte-14/
Fonte do texto: www.brasilescola.com
Considerações
Por ser o maior continente do mundo, a Ásia tem vários
recursos naturais e minerais, o que facilita o desenvolvimento industrial. A
disponibilidade desses recursos varia de região para região. No Oriente Médio,
por exemplo, estão localizadas as maiores reservas de petróleo do mundo.
A agricultura é a atividade econômica mais difundida. Áreas
afetadas pelas monções têm grande destaque sobretudo no cultivo de arroz. A pecuária é muito comum em países como a
China (o país mais populoso do mundo).
A Índia possui o
maior rebanho bovino do mundo, mas não é aproveitado. Grande parte da população
desse país é hindu e considera o animal sagrado. Outro fato é a aceitação da
pobreza devido a crença de que auxilia no aperfeiçoamento espiritual. A
religião afeta o desenvolvimento econômico desses países.